O secretário de Estado da Administração Interna comprometeu-se esta quarta-feira a dar uma resposta no prazo de 15 dias às reivindicações dos sindicatos para melhorar as condições de trabalho dos guardas florestais da GNR, segundo uma fonte sindical.

Um grupo de cinco dirigentes sindicais foi recebido pelo secretário de Estado Jorge Gomes, durante uma vigília promovida pela Federação Nacional dos Sindicatos em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), que reuniu cerca de 20 ativistas em frente ao ministério da Administração Interna, na Praça do Comércio, em Lisboa, esta quarta-feira.

No final da reunião, Luís Pesca, da federação sindical, disse aos jornalistas, que o secretário de Estado lhes comunicou que “no prazo de 15 dias” irá convocar os sindicatos para uma nova reunião.

Nessa reunião, segundo o sindicalista, irão ser transmitidas “as decisões políticas e um conjunto de reivindicações” que a organização sindical entregou num ofício, que já tinha sido alvo de uma primeira negociação com o governante, a 23 de maio, e que ainda não tinha obtido resposta.

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“Lamentamos que fosse necessário fazer uma vigília para ter uma resposta do ministério. Esperamos que no prazo de 15 dias sejamos convocados para iniciar um procedimento negocial e termos resposta às nossas reivindicações”, disse Luís Pesca.

O sindicalista espera que as reivindicações sejam atendidas, para não ser preciso “endurecer a luta e, durante o mês de setembro, não haver necessidade de marcar uma greve com a totalidade” dos guardas florestais do Serviço da Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR.

Entre as reivindicações, Luís Pesca destacou a “reativação da própria carreira de guarda florestal, que é um órgão de polícia criminal, mas que está a extinguir-se”, e o “recrutamento de novos efetivos”.

Outras das reivindicações passam por um conjunto de suplementos que vão ter de ser negociados para que sejam equiparados aos guardas nacionais, a atualização do cartão de identificação dos trabalhadores, a atribuição do cartão de identificação profissional para os aposentados e a regulamentação de diversas matérias relacionadas com o estatuto profissional já em vigor.

Os ativistas e dirigentes sindicais chegaram à Praça do Comércio cerca das 10h00, envergando uma faixa a dizer “Guardas florestais do SEPNA/GNR em luta: contra a extinção da carreira, pelo direito aos suplementos e pela integral aplicação do estatuto”, ao som de músicas de intervenção.

A vigília estava prevista até às 14:00, mas terminou pelas 12:30, com o anúncio de Luís Pesca aos restantes sindicalistas dos resultados da reunião com o secretário de Estado da Administração Interna, sob o olhar de alguns agentes da PSP que se encontravam em frente ao ministério.