“É um plano de investimento muito ambicioso, que aposta nos nossos corredores internacionais, sobretudo dirigidos às mercadorias, mas também na renovação destinada à qualidade de transporte de passageiros, em particular na espinha dorsal do nosso transporte ferroviário, que é a Linha do Norte”, salientou Pedro Marques.

“Estamos a trabalhar e as obras na ferrovia passaram do ‘power-point’ ao terreno e vão acontecer de forma contínua ao longo dos próximos cinco anos”, acrescentou.

O ministro falava aos jornalistas durante uma visita noturna aos trabalhos no troço Alfarelos/Pampilhosa da Linha do Norte, que tiveram início este ano e se vão prolongar até abril de 2018, numa intervenção adjudicada por 30,5 milhões de euros.

Trata-se de uma empreitada da renovação integral da via entre as estações de Alfarelos (Soure, Coimbra) e Pampilhosa (Mealhada, Aveiro), numa extensão de 40,22 quilómetros, integrada num conjunto de investimentos na Linha do Norte que totalizam 400 milhões de euros.

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A obra compreende trabalhos de renovação integral de via, que, nalguns troços, “estava por fazer há cerca de 40 anos”, eletrificação, reabilitação dos sistemas de drenagem e o alteamento de plataformas de passageiros e dá sequência às intervenções concluídas neste troço em maio de 2013.

O Governo apresentou este ano o plano ‘Ferrovia 2020’ que, recordou hoje o ministro do Planeamento e Infraestruturas, prevê o investimento de mais de dois mil milhões de euros na ferrovia até 2020, com financiamento comunitário, intervindo em cerca de mil quilómetros de via. Segundo Pedro Marques, mais de 200 desses mil quilómetros serão de linha nova, com prioridade para o transporte de mercadorias.

“É uma grande qualificação dos nossos troços internacionais de mercadorias e do transporte de pessoas, em particular no troço Lisboa/Porto”, sublinhou Pedro Marques, que destacou ainda a intervenção na Linha do Minho, com a eletrificação da via e a criação “de condições de capacidade de transporte que há décadas eram esperadas”.

O ministro lembrou também que o Governo está a intervir na renovação do corredor da Linha da Beira Alta, na reposição de serviço num troço da Beira Baixa que esteve fechado “muitos anos”, entre Covilhã e Guarda, bem como a criação de condições para a ligação internacional da Linha da Beira Baixa e, no corredor sul, as ligações à Europa dos portos de Sines, Lisboa e Setúbal.