O Sindicato dos Quadros Bancários disse esta quarta-feira que são cerca de 500 os trabalhadores a quem o Montepio informou que será cortado o subsídio de isenção e que essa medida representa uma redução dos vencimentos entre 20 e 40%.

Esta decisão partiu da administração da Caixa Económica Montepio Geral — o chamado banco Montepio – e foi conhecida no final de julho, com o banco a justificar então a decisão com o “respeito pela vida privada dos colaboradores”, que assim ficarão com mais tempo para família e amigos, e com a “preservação de postos de trabalho”.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) critica esta decisão do Montepio, considerando que muitos dos trabalhadores afetados têm “funções que exigem elevada disponibilidade atendendo ao seu teor técnico e comercial” e afirma que isto está a acontecer quando se está a iniciar o processo de revisão do Acordo de Empresa, o que envolve desde logo o processo em “crispação”.

A estrutura sindical vai agora propor à administração, liderada por José Félix Morgado, que no caso dos trabalhadores afetados por estes cortes sejam revistos os casos em que ambos os cônjuges são abrangidos, impedindo que ambos os membros de um casal sofram reduções de vencimento, ou em que existam casos de doença, caso de filhos ou outros dependentes deficientes.

Pede ainda a estrutura sindical que seja dada a possibilidade a esses trabalhadores de poderem pagar os seus empréstimos (nomeadamente para compra de casa) até aos 70 anos.

Por fim, o Sindicato informa que propôs aos restantes sindicatos que participam no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) uma mesa negocial única sobre o tema.

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