A estrutura local do Bloco de Esquerda de Sines e Santiago do Cacém está a exigir explicações aos presidente das câmaras daqueles dois municípios, socialista e comunista, respetivamente, por, como noticiou esta terça-feira o Observador, terem aceitado convites da Galp para irem a Lyon, no dia 22 de junho, assistir a um jogo da seleção nacional de futebol. Ao Observador, Bruno Candeias, da concelhia bloquista de Santiago do Cacém, ataca a “promiscuidade entre poder local e grandes empresas”.

Em causa está o facto de o autarca de Santiago do Cacém eleito pela CDU, Álvaro Beijinha, e o autarca de Sines eleito pelo PS, Nuno Mascarenhas, terem estado no mesmo voo que levou o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, a França a convite da Galp para assistir a jogos do Euro de futebol.

Ao Observador, o bloquista Bruno Candeias, que falou em nome das duas concelhias, de Sines e Santiago, exigiu “uma explicação cabal” aos dois autarcas no sentido de “garantirem a ética” e “dignificarem a vida política”. Segundo a estrutura bloquista, que emitiu um comunicado nesse sentido, trata-se de “promiscuidade” entre o poder local e uma empresa petrolífera que tem um papel importante nos municípios em questão.

“O Bloco de Esquerda, que criticou energicamente tanto a participação dos secretários de Estado dos Assuntos Fiscais e da Indústria, do Governo do PS, como os deputados do PSD, entre os quais o seu próprio líder parlamentar, não pode deixar de reiterar essa crítica e a condenação de tal atitude por parte dos presidentes destas duas câmaras municipais vizinhas”, lê-se no comunicado.

Segundo Bruno Candeias, Álvaro Beijinha e Nuno Mascarenhas ainda não responderam ao pedido de esclarecimento, mas o BE garante que “vai continuar com esta exigência”.

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