O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que a União Europeia “tem que ter noção” que são precisos meios mais reforçados no combate aos incêndios, sublinhando que muitos outros Estados estão na mesma situação de Portugal e não podem libertar recursos.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião com as autoridades locais da Região Autónoma da Madeira a propósito dos incêndios que assolaram a região nos últimos dias, António Costa foi confrontado com as declarações da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, que se mostrou hoje insatisfeita com a resposta dos parceiros europeus ao pedido de ajuda de Portugal para fazer face aos muitos incêndios que lavram no país.

“A União Europeia tem que ter noção que, porventura, temos que ter meios mais reforçados do que aqueles que anteriormente existiam”, disse o primeiro-ministro.

No entanto, Costa tinha começado por ressalvar que “o mecanismo de emergência europeu está muito saturado pelo facto de muitos países terem os seus próprios meios empenhados no combate aos seus próprios incêndios e portanto não estarem neste momento em condições dos poderem libertar”.

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“Muitos outros Estados estão infelizmente com a mesma situação. O mecanismo europeu conseguiu mobilizar uma aeronave italiana que virá a Portugal. Felizmente, temos os nossos vizinhos marroquinos que puderam com maior rapidez disponibilizar dois meios”, acrescentou ainda.

O primeiro-ministro sublinhou que Portugal tem beneficiado, “com base no acordo transfronteiriço, em particular no distrito de Viana do Castelo de um apoio dos aviões espanhóis”.

“Espero que muito brevemente possamos estar em condições de poder libertar os nossos próprios meios para apoiar outros estados”,antecipou.