Quase um em cada seis jovens em Portugal não estuda nem trabalha, revela um estudo divulgado pelo Eurostat esta quinta-feira, véspera do Dia Internacional da Juventude. A proporção de jovens conhecidos pela sigla NEET (neither in employment nor in education or training) em Portugal — 17,5% — está ligeiramente acima da média europeia (17,3%) mas subiu de forma acentuada nos últimos 10 anos, já que em 2006 o registo era de 12,6%.

Em Portugal, os dados relativos a esta faixa etária (20-24) distribuem-se da seguinte forma: 42,3% estão exclusivamente a receber formação académica; 8,5% aliam a formação académica ao trabalho; 31,7% estão exclusivamente a trabalhar e; 17,5% estão, então, sem se dedicar a uma coisa ou a outra. Os dados referem-se a 2015.

Em 2006, o quadro era diferente: 33,7% totalmente dedicados à escola/universidade; 4,8% trabalhadores-estudantes; 49% só a trabalhar e; 12,6% sem trabalhar nem estudar.

Os dados do Eurostat sobre “Educação, emprego, ambos ou nenhum? O que estão os jovens da UE a fazer?” foram conhecidos na véspera do Dia Internacional da Juventude (12 de agosto).

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Em toda a Europa, no subgrupo de jovens com idades entre 15 e 19, a taxa de NEET é de 6,3%. Os outros subgrupos, com mais idade, registam uma taxa mais elevada: 17,3% nas idades entre 20 e 24 e, 19,7% nos jovens com idades 25 e 29. Ou seja, neste subgrupo dos 25 a 29 anos, uma pessoa em cada cinco está desempregada e também não está a estudar ou a realizar formações profissionais.

Portugal fica muito pouco acima da média europeia na proporção de NEET, mas fica menos bem na figura quando se olha para a variação desta percentagem entre 2006 e 2015. O país é um dos que tiveram um maior aumento de jovens que nem trabalham nem estudam. A proporção subiu quase cinco pontos percentuais em menos de 10 anos. Pior do que Portugal, contudo, aparecem Itália, Grécia e Espanha.

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Fonte: Eurostat