O julgamento final do processo de ‘impeachment’ (destituição) da chefe de Estado com mandato suspenso, Dilma Rousseff, começará no dia 25 de agosto, segundo decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Ricardo Lewandowski, divulgada hoje.

A data foi informada à defesa de manhã no momento em que os advogados de Dilma Rousseff entregavam as argumentações finais no processo e que serão analisadas pelos parlamentares do Senado (câmara alta) no julgamento.

O documento entregue pela defesa tem 670 páginas e além de rebater os pontos da denúncia também indica seis testemunhas escolhidas para falar a favor da chefe de Estado com mandato suspenso.

Dilma Rousseff responde à acusação de ter cometido crimes fiscais ao realizar manobras para melhorar as contas públicas e por ter supostamente autorizado decretos que acabaram gerando despesas que não constavam no orçamento e ultrapassavam a meta fiscal do país.

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Os senadores brasileiros ainda se devem reunir para determinar o tempo que cada parlamentar terá para falar e fazer perguntas às testemunhas arroladas pela acusação e defesa no julgamento.

A expectativa é que a decisão final saia numa votação final realizada ao longo de uma semana.

Se Dilma Rousseff for considerada culpada por 54 dos 81 parlamentares que compõe o Senado brasileiro perderá o mandato e ficará inelegível durante oito anos para cargos públicos.