A “purga” promovida pelo Presidente turco Recep Tayyip Erdoğan continua: desde a tentativa fracassada de golpe militar, a 15 de julho, já foram afastados mais de 81 mil trabalhadores do setor público daquele país.

“Foram suspensas dos cargos 76.597 pessoas e foram expulsas de cargos de funcionários 4.897. Há mais de 3.000 militares e, quanto aos restantes, são juízes e funcionários civis. Somando suspensos e expulsos, o total é de 81.494 pessoas”, indicou o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim.

Os funcionários suspensos são suspeitos de ligações ao líder religiosos Fethullah Gulen, acusado pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de instigar a tentativa de golpe.

O pregador, autoexilado nos Estados Unidos desde 1999, já afirmou que condenou o golpe desde o primeiro momento e assegurou que o movimento que fundou não pretende o poder.

Num discurso divulgado pela cadeia de televisão turca NTV, Binali Yildirim acusou os membros da confraria de Gulen de “terem criado redes de comunicação privadas” e que haverá mais de 50 mil nomes envolvidos.

Grande parte dos funcionários turcos afastados está sob a dependência do Ministério da Educação. Foram anuladas as licenças de ensino de 21 mil professores e destituídos 15.200 funcionários.

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