O incêndio que afeta S. Pedro do Sul, no distrito de Viseu, e que começou na segunda-feira, em Arouca, já está a ser combatido por cinco meios aéreos pesados, segundo informação na página da proteção civil.

A Autoridade Nacional da proteção Civil (ANPC) refere às 11:00 que no local do incêndio florestal estão 873 operacionais, dos quais 688 bombeiros, apoiados por 259 meios terrestres.

Este incêndio, o único de maiores proporções indicado pela proteção civil, começou ao início da tarde de segunda-feira, na localidade de Janarde, concelho de Arouca, distrito de Aveiro, mas alastrou ao distrito vizinho de Viseu.

O adjunto de operações da ANPC Carlos Guerra tinha dito à Lusa, no início da manhã, que assim que fosse possível, seriam utilizados os meios aéreos disponíveis para combater este incêndio que já levou à retirada de pessoas de várias povoações durante a noite.

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“Neste momento [cerca das 09:00], estamos em condições [de atuar], se a situação permitir no local, com os oito meios aéreos pesados disponíveis e, se conseguirmos, pensamos que a situação poderá ficar resolvida dentro de algumas horas”, referiu.

O fumo produzido pelo fogo não permitia a utilização dos aviões já que impossibilitava a visibilidade dos pilotos.

Cerca das 11:00, a página na ANPC dá conta de 56 incêndios rurais, que mobilizam 2.404 operacionais, 798 meios terrestres e 11 meios aéreos, com o distrito do Porto a registar 13 situações e Aveiro 11.

Durante a noite, disse, a prioridade das autoridades foi a defesa de alguns núcleos habitacionais, na zona do incêndio, “trabalho feito, sem vítimas a registar”, além das ações de combate ao fogo realizadas, quando possível, tendo havido um reforço dos meios.

Segundo o responsável, “houve bastantes lugares ameaçados pelo fogo, pessoas deslocadas das suas habitações por questões de segurança, outras [que], entretanto, voltaram”. Cerca de 25 pessoas foram evacuadas de quatro aldeias.

A situação está “muito mais calma neste momento, passado aquele período mais violento”, no fim da tarde e primeiras horas da noite de sábado, descreveu Carlos Guerra.

O incêndio de S. Pedro do Sul é aquele que mais preocupa a proteção civil, “o único de maiores dimensões ativo no país”, iniciado na segunda-feira, no concelho de Arouca e que se “desenvolveu muito significativamente sobretudo devido aos ventos muito fortes e às altas temperaturas” no sentido do concelho de S. Pedro do Sul, apontou o responsável.

Durante a manhã de sábado “foi muito difícil a utilização dos meios aéreos e em alguns locais mesmo impossível, tivemos meios aéreos em terra durante o dia todo por impossibilidade de operar no local”, devido ao fumo produzido pelo incêndio, impede a visibilidade aos pilotos, referiu o adjunto de operações nacional.

“Estamos a avaliar no local para, de acordo com as informações que vamos receber, proceder ao despacho dos oito meios aéreos disponíveis neste momento”, acrescentou.

Os aviões disponíveis, que incluem dois de Marrocos, um italiano e dois russos, estão a ser utilizados em outras regiões do país que têm incêndios de menores proporções, como Braga, e só em S. Pedro do Sul que não há condições para serem usados, resumiu Carlos Guerra.