O presidente do Governo Regional da Madeira afirmou hoje, no Funchal, que as 148 pessoas que ainda se encontram no Regimento de Guarnição 3 (RG3), vítimas dos incêndios da semana passada, serão todas realojadas provisoriamente a partir desta terça-feira.

“São cerca de 148 pessoas, mais concretamente 51 famílias, que passam já a partir de amanhã a ter a sua habitação provisoriamente, fruto de um trabalho que fizemos de consulta ao mercado de arrendamento”, disse Miguel Albuquerque durante a entrega das chaves, nas instalações de um gabinete do Instituto de Habitação da Madeira, perto do RG3.

O governante disse, por outro lado, que 15 famílias vão ser alojadas em instituições sociais, porque se tratam de pessoas mais idosas e com maiores necessidades de apoio.

“A nossa ideia é, a partir de amanhã [terça-feira], acabar com esta situação no RG3 e as pessoas terem as suas casas provisoriamente, apetrechadas com luz e água”, vincou, sublinhando que o realojamento definitivo será feito progressivamente.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As casas agora disponibilizadas situam-se em vários pontos do concelho do Funchal e freguesia do Caniço, a leste da capital madeirense, sendo que o aluguer é feito com base no Fundo de Emergência Social do Instituto de Habitação da Madeira, no valor de 163 mil euros.

“Temos também um reforço de verbas que foram alocadas fruto da deliberação do Santander Totta de entregar 500 mil euros para o realojamento e ainda verbas do Governo Regional”, explicou Miguel Albuquerque, lembrando que o levantamento provisório aponta para 227 casas danificadas pelo fogo, das quais 153 totalmente destruídas, embora entre estas se contem prédios devolutos.

Falando para as vítimas dos incêndios, o governante disse que a semana passada foi “muito pesada” e lamentou o sucedido, garantindo que o executivo fará o “melhor possível” para ajudá-las.

“Esta foi uma prioridade do meu governo. Independentemente das infraestruturas, o que é fundamental é concentrarmo-nos nas pessoas”, afirmou.

Os incêndios que fustigaram a Madeira na semana passada, afetando sobretudo o concelho do Funchal, deixaram um vasto rasto de destruição e fizeram três mortos e um ferido grave.

As pessoas que agora vão ser realojadas provisoriamente falam em “momentos de terror” vividos durante os fogos, que chegaram ao centro da cidade, e destacaram o trabalho empenhado dos bombeiros no combate às chamas.