Depois de se tornar um ponto de atração no circuito dos festivais de verão, o Bons Sons festejou dez anos e a expectativa era alta. A aldeia recebeu durante quatro dias, desde a passada sexta-feira até ontem, segunda-feira, cerca de 32 mil pessoas. A música portuguesa continuou a ser a única a ter lugar cativo no cartaz, tal como os habitantes da aldeia e os voluntários de todo o país.

O Bons Sons começou em 2006 como um evento bianual, mas a partir de 2014, a afluência de público e a dinâmica da aldeia permitiu e consentiu que o festival se realizasse anualmente. Depois de seis edições, 192 concertos e 17.300 visitantes — conforme avança a organização — este ano, a “aldeia” atingiu um novo marco. Cerca de 32 mil pessoas passaram por Cem Soldos, escutaram música portuguesa e conviveram com os habitantes da aldeia.

Distribuídos por oito palcos, centenas de artistas (contabilizados em 50 bandas) deram música aos festivaleiros e cem-soldenses. Desde o fado com Carminho ao pop dos D’Alva, vários géneros musicais estiveram presentes em Cem Soldos. Um dos palcos que contava e dependia do apoio do público era o Palco Garagem, onde as pessoas podiam atuar espontaneamente — desde que fosse um projeto inovador e se inscrevessem junto da organização. Cerca de 20 atuações passaram por este palco, montado numa pequena garagem da aldeia.

[Veja o vídeo de celebração dos 10 anos de Bons Sons]

O apoio logístico e a produção do festival dependeu largamente, como vem sendo hábito, dos habitantes da aldeia e dos voluntários. Os números finais da organização apontam para cerca de 400 voluntários, que ajudaram a erguer o Bons Sons. O Observador acompanhou alguns deles. Desde a restauração ao posto de informações, centenas de pessoas — onde se incluíam voluntários de várias localidades portuguesas e naturais de Cem Soldos — trabalharam durante os quatro dias do festival.

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