O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses acusou esta terça-feira a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve de “inverdades” ao afirmar que este ano vão ser admitidos 80 enfermeiros e apontou que metade terá trabalho temporário e os restantes farão substituições.

“Afirmar que até ao final do ano serão admitidos 80 enfermeiros e não especificar que 41 serão apenas por seis meses e os restantes 40 para permitir a mobilidade entre instituições, é demasiada imprecisão”, lê-se no comunicado emitido pela delegação algarvia daquele sindicato.

Em declarações à Lusa, o conselho administrativo da ARS Algarve reiterou que vão entrar 82 novos enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde na região do Algarve.

Em causa estão as vagas de uma bolsa de recrutamento para enfermeiros que o Centro Hospitalar do Algarve (CHA) abriu no final de julho.

Na altura, o presidente do conselho de administração do CHA, Joaquim Ramalho, disse à Lusa que os enfermeiros selecionados integrariam os serviços de saúde da região a partir de setembro.

“Destes [82], 42 profissionais serão contratados através de contratos individuais de trabalho a termo resolutivo incerto (que passarão a curto prazo a contratos individuais sem termo), para permitir a substituição de igual número de enfermeiros do Centro Hospitalar do Algarve que solicitaram a mobilidade para a ARS Algarve e que irão reforçar as equipas de enfermagem das diversas unidades de cuidados de saúde primários da região do Algarve”, esclarece a ARS.

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Os restantes 40 enfermeiros vão ser contratados através de contratos individuais de trabalho sem termo para reforçar as equipas de enfermagem das unidades hospitalares do Centro Hospitalar do Algarve, acrescenta o conselho diretivo.

O sindicato aponta ainda que as vagas para enfermeiros em regime de substituição, ou seja, a termo certo (por seis meses), foram 41. O objetivo, acrescenta, seria reforçar os serviços de saúde no verão, mas as admissões só se vão verificar no final da época balnear.

“Estes 41 enfermeiros irão substituir enfermeiros que já não exercem funções no Centro Hospital, portanto sem aumento de efetivos”, acrescentam os sindicalistas.