Portugal colocou dívida de curto prazo de 1,3 mil milhões de euros a juros mais baixos. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realizou esta quarta-feira dois leilões de Bilhetes do Tesouro. E no prazo mais curto, a três meses, foi obtida uma taxa de juro de -0,108%, que é a mais baixa de sempre, numa operação em que Portugal obteve 400 milhões de euros.

No leilão de Bilhetes do Tesouro a 11 meses, foram colocados 900 milhões de euros, à taxa de 0,007%, mais baixa do que a obtida em operações anteriores para o mesmo prazo.

Para a evolução positiva das taxas, contribuiu a procura dos investidores que superou a ofertas nos dois leilões, 785 milhões de euros para os bilhetes a três meses e 2.078 milhões para os títulos a 11 meses.

Os valores colocados foram superiores à estimativa do IGCP que apontava para um montante indicativo entre 750 e os mil milhões de euros.

Estes resultados foram alcançados num dia em que os juros da dívida de longo prazo, Obrigações do Tesouro, estavam a subir depois dos alertas da agência de rating canadiana DBRS, sobre o fraco crescimento da economia portuguesa. Esta agência é a única que mantém um rating de investimento para a dívida portuguesa, o que permite a Portugal ser abrangido pelo programa de estímulos ao mercado do Banco Central Europeu.

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