O Comité Olímpico Internacional (COI) indicou nesta quinta-feira que, até ao momento, não existe uma acusação formal contra o dirigente do COI Patrick Hickey, suspeito de participar em venda ilegal de bilhetes do Rio2016. “Por enquanto é inocente. [Patrick Hickey] Encontra-se hospitalizado e está a ser investigado, sem que, até ao momento, exista uma acusação formal contra ele”, disse em conferência de imprensa o porta-voz do COI, Mark Adams.

O irlandês Patrick Hickey, presidente do Comité Olímpico Irlandês e dirigente no COI, foi detido na quarta-feira pela polícia brasileira por suspeita de participar numa rede de venda ilegal de bilhetes para os Jogos Rio2016, tendo a juíza encarregada do caso decretado a prisão preventiva do dirigente de 71 anos.

Depois de detido, o dirigente sentiu-se indisposto e foi transportado a um hospital, onde ainda se encontra, segundo o COI, e depois irá a uma esquadra prestar declarações”. A detenção segue-se a uma série de operações levadas a cabo pela polícia, contra aquilo que diz ser uma rede internacional de venda de bilhetes.

O responsável da empresa THG Sports, que estava licenciada para a revenda de bilhetes nos Jogos Londres2012 e Sochi2014 — e da qual o filho de Hickey era funcionário – foi também detido por venda ilegal.

A polícia do Rio de Janeiro disse ainda ter confiscado cerca de 1.000 bilhetes, os quais estavam a ser vendidos acima do valor de mercado, nomeadamente para os acontecimentos mais importantes, como a cerimónia de abertura, por 8.000 dólares. Alguns tinham o carimbo do Comité Olímpico da Irlanda.

Hickey, que desempenha também funções na presidência dos Comités Olímpicos europeus e na vice-presidência da associação de comités olímpicos, anunciou na quarta-feira ter solicitado a suspensão temporária de todas as suas funções que ocupa no movimento olímpico.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR