Um acordo de cessar-fogo foi alcançado este domingo entre as forças governamentais e as curdas na cidade de Al-Hasakah, no nordeste da Síria, cenário de confrontos e bombardeamentos desde quinta-feira, avançou a agência de notícias oficial SANA.

Segundo o correspondente da SANA naquela localidade, capital da província com o mesmo nome, o acordo estipula que o cessar-fogo se iniciasse às 17h00 locais (15h00 em Lisboa), para “retirar os feridos” da cidade.

Está ainda previsto o início, na segunda-feira, de um “diálogo” entre as partes “para resolver as principais questões”. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos disse ter informações contraditórias sobre o acordo de cessar-fogo e não conseguiu confirmar que haja um acordo entre as partes.

Fontes do Observatório, citadas pela agência EFE, referiam que há uma “calma tensa” no centro de Al Hakasah e não há movimento nas ruas, mas ainda podem ouvir-se bombardeamentos aéreos na periferia e os aviões militares sobrevoam a cidade.

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A aviação do regime sírio bombardeou na quinta-feira, pela primeira vez desde o início do conflito em 2011, zonas controladas pelas forças curdas em Al Hakasah, tendo depois prosseguido os bombardeamentos e os confrontos em terra.

Os confrontos entre as forças do regime e as de segurança curdas causaram uma deslocação da população e a morte de, pelo menos, 40 civis e combatentes em três dias, de acordo com o Observatório.

A Unidades de Proteção do Povo, principal milícia curdo síria, acusou o governo de Damasco de atacar as suas posições em Al Hakasah para “frustrar” a campanha contra o grupo jihadista Estado Islâmico noutras partes do país. Por outro lado, o exército sírio acusou os curdos de “escalarem as suas ações de provocação” com o fim de ganhar o controlo da cidade, que está dividida.