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Reino Unido

O país sede da última edição dos Jogos Olímpicos conseguiu melhorar a classificação no quadro de medalhas em relação a Londres 2012, ao obter o segundo lugar geral. No total, o Reino Unido conquistou 67 medalhas, duas a mais do que no anterior ciclo olímpico. O resultado supera a meta estabelecida pela delegação britânica de 48 medalhas e é o melhor resultado desde 1908, quando a competição envolveu apenas 18 países.

O bom resultado da Grã-Bretanha foi conseguido tanto em desportos onde tem tradição, como o ciclismo de pista, canoagem, vela e hipismo, como em novas modalidades, como na ginástica artística masculina, com as duas medalhas de ouro de Max Whitlock.

Japão

Se comparamos o resultado final do top 10 no quadro de medalhas do Rio de Janeiro com o de Londres, veremos que há apenas uma diferença: a presença do Japão. Os nipónicos “roubaram” o lugar da Hungria para conseguir a sua melhor prestação de sempre em Jogos Olímpicos com 41 medalhas no total, entre as quais estão 12 de ouro, oito de prata e 21 de bronze.

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Entre os destaques dos próximos anfitriões olímpicos está Kaori Icho, da luta livre olímpica, que se tornou no Rio de Janeiro a primeira mulher a ganhar quatro ouros consecutivos em quatro edições dos Jogos Olímpicos.

RIO DE JANEIRO, BRAZIL - AUGUST 17: Gold Medalist Kaori Icho of Japan celebrates during the medal ceremony after the Women's Freestyle 58 kg competition on Day 12 of the Rio 2016 Olympic Games at Caioca Arena 2 on August 17, 2016 in Rio de Janeiro, Brazil. (Photo by Lars Baron/Getty Images)

Kaori Icho conquistou a quarta medalha de ouro da carreira no Rio de Janeiro

Un pasito adelante, latinos!

Os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul e os segundos da América Latina (depois do México 1968) trouxeram bons resultados para alguns países latinos. É o caso da Argentina, que terminou a competição na 27º classificação, com três medalhas de ouro, conseguidas no judo (Paula Pareto), vela (Santiago Lange e Cecilia Carranza) e hóquei em campo, e a prata de Juan Martín del Potro no torneio individual masculino de ténis. Este foi o melhor resultado do país desde Londres 1948.

A Colômbia também voltou para casa com um sorriso. Caterine Ibarguen e Mariana Pajón conquistaram o título olímpico no triplo salto e ciclismo BMX, respetivamente, enquanto Oscar Alberto Figueroa ganhou o ouro no levantamento de peso. No total, o país conseguiu oito medalhas, o mesmo número que em Londres 2012, mas com mais medalhas de ouro.

Para os anfitriões, um sorriso de felicidade contida. Apesar de não conseguir cumprir a meta estabelecida pelo Comité Olímpico do Brasil de entrar pela primeira vez no top 10 do quadro de medalhas, o país terminou os Jogos Olímpicos no 13º lugar – a melhor prestação de sempre. As sete medalhas de ouro conquistadas pelo Brasil ajudaram o país a posicionar-se como a segunda potência desportiva do continente americano, superando pela primeira vez o Canadá.

A primeira medalha de ouro para 10 países

A vitória do nadador Joseph Schooling nos 100 metros mariposa, com Michael Phelps em segundo, garantiu a Singapura a primeira medalha de ouro de sempre em Jogos Olímpicos. Schooling não foi, no entanto, o único atleta a inscrever o nome na história desportiva do seu país.

A judoca Majlinda Kelmendi ganhou a medalha de ouro na categoria até 52 quilos, a primeira na história do Kosovo, enquanto Ahmad Abughaush conquistou o título olímpico na categoria até 68 quilos do Taekwondo para a Jordânia. Nos desportos coletivos, Fiji tornou-se o campeão no Rugby de Sete no Rio de Janeiro.

No total, dez delegações conseguiram a primeira medalha de ouro nas competições que se realizaram no Brasil, entre os quais também se encontram o Bahrain, Costa do Marfim, Atletas Olímpicos Independentes, Porto Rico, Tajiquistão e Vietname. Este é o maior número de estreantes no quadro de medalhas desde Atlanta 1996. O número contribuiu para que fosse estabelecido um novo recorde olímpico: 87 países saíram do Rio de Janeiro com, pelo menos, uma medalha, independentemente do tipo.

Os zangados

China

O Observador já havia avançado a possibilidade: a China estava a perder espaço para a Grã-Bretanha no quadro de medalhas a alguns dias do final da competição. O resultado final confirmou a tendência, ao atribuir ao país o terceiro lugar na classificação geral, com 70 medalhas (26 ouros, 18 pratas e 26 bronzes). Esta é primeira vez, desde Sidney 2000, que o país não é o “melhor do resto”, frente à hegemonia dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos.

Alguns dos resultados frustrados dos chineses no Rio de Janeiro verificaram-se no badminton, natação e ginástica artística.

RIO DE JANEIRO, BRAZIL - AUGUST 12: Ding Chen of China competes in the Men's 20km Race Walk on Day 7 of the Rio 2016 Olympic Games at Pontal on August 12, 2016 in Rio de Janeiro, Brazil. (Photo by Ryan Pierse/Getty Images)

Chen Ding conquistou o ouro nos 20km marcha em Londres 2012. No Rio de Janeiro, terminou em 39º.

Austrália

O Comité Olímpico da Austrália chegou ao Rio de Janeiro com a recusar de entrar na Vila Olímpica por conta de queixas sobre a sujidade e a falta de acabamentos da infraestrutura elétrica nos apartamentos dos atletas. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), chegou a fazer piada e a dizer que pretendia colocar um canguru na porta do edifício da comissão para tentar fazer com que se sentissem “em casa”.

Durante a competição, os resultados não surgiram exatamente como os australianos esperavam. A expectativa estava na obtenção de 13 medalhas de ouro, quando o resultado final foi de oito títulos olímpicos. Destaques para o fraco resultado no ciclismo de pista e natação.

Índia

A Índia nunca foi uma potência olímpica, mas esperava conseguir no Rio de Janeiro a superar a sua melhor prestação de sempre, conseguida em Londres 2012 com seis medalhas. Para alcançar o objetivo, o segundo país mais populoso do mundo enviou a maior delação olímpica da história com 90 atletas, que disputaram 11 modalidades. A esperança estava, sobretudo, no hóquei em campo, em que acumulava 30 vitórias e nove medalhas de ouro olímpicas.

Contudo, o resultado final mostra apenas uma medalha de prata e uma medalha de bronze conquistadas no badminton e luta livre olímpica, respetivamente. O baixo desempenho do país elevou o tom das críticas aos dirigentes da comissão olímpica, acusados de não apoiar o desenvolvimento dos atletas.

Un pasito pa’ atras, latinos!

Nem tudo foi festa para os países latino-americanos. Que o digam os cubanos, que saíram do Rio de Janeiro com o pior desempenho desde Moscovo 1980. No Rio de Janeiro, o país conquistou 11 medalhas, das quais cinco de ouro no boxe e na luta olímpica. Em Londres 2012, também havia conquistado ganho cinco títulos olímpicos, mas num total de 15 medalhas.

Já o Chile igualou uma marca histórica ao ter a pior participação em Jogos Olímpicos desde Atlanta 1996. O país, que contava com 42 atletas, não conseguiu qualquer medalha e obteve apenas três diplomas olímpicos. A última medalha olímpica do Chile foi conquistada em Pequim 2008.