Na madrugada desta quarta-feira, uma fonte da Proteção Civil afirmou que o combate ao incêndio que deflagrou na tarde de terça-feira no concelho de Abrantes e alastrou ao de Sardoal está a evoluir “de forma favorável”, não existindo habitações em risco.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, os meios no terreno — 708 operacionais e 222 viaturas dos distritos de Santarém, Leiria, Lisboa, Évora, Portalegre e Castelo Branco — estão a consolidar o trabalho em três frentes, tendo a quarta sido controlada.

A fonte adiantou que o fogo, que chegou a consumir, na noite de terça-feira, duas casas (uma em Carvalhal, Abrantes, e outra em São Simão, Sardoal) e vários anexos e arrumos nos dois concelhos do norte do distrito de Santarém, já não ameaça habitações, estando os esforços de combate centrados agora na área florestal.

Segundo a fonte, a acalmia do vento tem ajudado o combate, sendo a expectativa de que a situação evolua positivamente nas próximas horas.

Ao início da madrugada, entre a 1h00 e as 2h00, surgiram no concelho de Benavente (no extremo sul do distrito de Santarém), quatro focos de incêndio — em Benavente, Coutada Velha, Pinhal do Calheiras e Vale de Asseiceira -, rapidamente debelados pelos bombeiros, adiantou.

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Luís Serras disse à Lusa que dois irmãos ficaram desalojados, e foram acolhidos por familiares, sublinhando ter sido esta a única casa ardida na freguesia, o que atribuiu à intervenção “pronta e incansável” dos bombeiros. Às 23h15, a página da Autoridade Nacional da Proteção Civil indicava que o fogo estava a ser combatido por 632 operacionais e 197 viaturas. Segundo Paulo Cardoso, o combate a este incêndio, que abrange áreas dos concelhos de Abrantes e do Sardoal, tem sido dificultado por lavrar numa zona com muitas pequenas povoações e casas dispersas.

Fontes afirmaram que arderam alguns barracões e armazéns de arrumos. Paulo Cardoso confirmou a evacuação de uma casa em Sobral Basto, da qual foi retirado temporariamente e por precaução o casal que aí reside, por se tratar de pessoas invisuais que teriam dificuldade em deixar a habitação, que está numa zona isolada, se isso fosse necessário. Segundo o comandante, o casal já regressou a casa.

Os esforços dos meios no terreno foram concentrados na proteção de pessoas e habitações, esperando Paulo Cardoso que nas próximas horas se possam virar para o combate ao fogo na floresta.