O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou esta terça-feira que a bandeira da Ucrânia tem de voltar a ser hasteada na península da Crimeia, anexada pela Rússia, e nas cidades de Donetsk e Lugansk (leste), ocupadas pelos separatistas pró-russos.

“Temos a tarefa extremamente complexa de voltar a hastear a nossa bandeira em Donetsk e Lugansk, em Simferopol e Sebastopol”, disse o presidente numa cerimónia comemorativa do Dia da Bandeira.

Poroshenko aludiu aos tempos do domínio soviético, quando as autoridades faziam todos os esforços para ocultar a história da bandeira ucraniana e para evitar que as suas cores — azul e amarelo — aparecessem juntas.

“Mostrar publicamente a bandeira nacional era um ato de heroísmo, porque essas ações, raras naquela época, eram consideradas um crime especialmente grave”, disse, mencionando Vasili Kuksa e Gueorgui Moskalenko, que há meio século foram condenados a penas de prisão por hastearem a bandeira ucraniana no edifício do Instituto de Economia de Kiev.

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Petro Poroshenko pediu que fosse observado um minuto de silêncio em memória dos mortos na luta pela independência da Ucrânia, cujo 25.º aniversário se celebra na quarta-feira.

O chefe de Estado anunciou que vai esta terça-feira visitar as regiões orientais do país, até à linha de demarcação, para cumprimentar os militares.

“São eles o principal garante da nossa liberdade, da nossa democracia e da nossa soberania”, disse.

O conflito armado no leste da Ucrânia, desencadeado em abril de 2014, fez mais de 10.000 mortos, segundo a ONU.