A antiga atleta portuguesa Rosa Mota lamentou esta quarta-feira que a medalha de bronze conquistado pela judoca Telma Monteiro nos Jogos Olímpicos Rio2016 tenha sido a única entre os atletas portugueses, mas mostrou-se contente com as prestações.

“Saio muito satisfeita. O ambiente foi muito agradável e é pena a medalha da Telma [Monteiro] vir sozinha”, afirmou a vice-presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) na chegada ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Relativamente à desistência de Sara Moreira na maratona, Rosa Mota explicou que ninguém gosta de abandonar, frisando que se isso acontece é porque não existem mesmo condições para prosseguir.

“Não há nenhum atleta que esteja em prova que goste de desistir. Quando desiste é porque não tem mesmo condições para continuar. A desistência marca muito o atleta e ninguém gosta”, reiterou a medalha de ouro da maratona em Seul1988.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Rosa Mota confessou ainda que “os atletas vêm tristes e frustrados porque não conseguiram realizar os seus sonhos e objetivos”.

Por outro lado, o presidente do COP, José Manuel Constantino, reconheceu que os resultados alcançados no Rio não corresponderam ao que tinha sido estipulado.

“No plano desportivo, os resultados, em termos globais, ficaram aquém daquilo que nós [COP] tínhamos estimado. Faltou sermos mais competentes e podermos aproximar daquilo que é o valor desportivo desta missão”, lamentou.

A terminar, José Manuel Constantino atribuiu a si próprio as culpas dos resultados menos conseguidos: “Se há alguém que tem que ser responsabilizado pelos resultados desportivos da nossa missão sou eu. Eu assumo na plenitude essa circunstância”, concluiu.