Um grupo de 26 banhistas, entre os quais oito crianças, foi resgatado de uma zona isolada da praia da Marinha, em Lagoa, depois de ter ficado retido devido à subida da maré, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a Autoridade Marítima Nacional refere ter recebido o alerta via 112, às 21h30 de quarta-feira, adiantando que os banhistas, 18 adultos e oito crianças, de nacionalidade espanhola e portuguesa, estavam recolhidos numa gruta, na zona poente da praia, numa altura em que se registava a preia-mar.

Em declarações à Lusa, o comandante da capitania do porto de Portimão, Rui Santos Pereira, explicou que as pessoas não se aperceberam de que a maré tinha atingido o seu nível mais alto, o que, naquela zona da praia, impossibilita o acesso ao areal.

Para o local foram deslocadas duas equipas e duas embarcações, do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e da Polícia Marítima, mas não foi possível retirar as pessoas por mar devido à forte ondulação, com uma altura de dois metros, impedindo que as embarcações conseguissem aproximar-se da costa.

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A operação de resgate durou quase duas horas, período durante o qual um dos tripulantes da lancha do ISN ficou com o grupo, enquanto a Polícia Marítima ficou na zona nascente da praia.

Foi mantida uma embarcação nas imediações, para apoiar em caso de necessidade.

Segundo Rui Santos Pereira, o grupo já tinha tentado sair da praia durante a enchente, mas não conseguiu, devido ao facto de aquela praia estar dividida por uma zona de rochas e de só ser possível sair pela areia quando a maré está completamente vazia.

Às 23:15, já com a maré a baixar, o tripulante do salva-vidas em terra, com o apoio da Polícia Marítima na zona nascente da praia, conseguiu retirar todas as pessoas para a zona segura da praia.

O comandante da capitania do porto de Portimão aproveitou para apelar aos banhistas para terem cuidado com as zonas que escolhem e, caso não conheçam as praias, para pedirem informações aos nadadores-salvadores.

O responsável pediu ainda aos utentes das praias que cumpram as instruções dos nadadores-salvadores, observando que este ano “tem havido muitos registos de incumprimento, sobretudo no que respeita às bandeiras”.