“A tragédia dos recentes incêndios florestais em Portugal revelou como é importante a solidariedade da UE em tempos de crise. Tal como o meu colega Christos Stylianides, Comissário responsável pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, declarou, a situação em Portugal é uma prioridade absoluta para a UE”, lê-se numa declaração que a comissária divulgou hoje.

Lembrando que a UE “respondeu de forma imediata ao pedido [de ajuda] das autoridades portuguesas”, Corina Crețu afirmou que a União Europeia está também “pronta a ajudar” na reconstrução dos edifícios que foram destruídos pelos incêndios.

Nesse sentido, referiu que as autoridades portuguesas “podem candidatar-se a apoio financeiro ao abrigo do Fundo de Solidariedade da UE”, que, na sequência de catástrofes naturais, pode ajudar as comunidades a regressar à normalidade em toda a Europa.

“Desde que os danos causados por uma catástrofe excedam um determinado limiar, o Fundo pode contribuir para cobrir os custos dos serviços de emergência e das operações de limpeza, protegendo o património cultural e restabelecendo as infraestruturas e os serviços”, acrescentou.

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Portugal já beneficiou por duas vezes do Fundo de Solidariedade da UE desde a sua criação, em 2002: em julho de 2003, na sequência de incêndios florestais, e em fevereiro de 2010, após as inundações e os deslizamentos de terras que afetaram a ilha da Madeira, num total de cerca de 80 milhões de euros.

Nas últimas semanas, vários incêndios florestais fustigaram a região norte e centro do país, principalmente os distritos de Aveiro e Viseu, bem como a cidade do Funchal, na ilha da Madeira.

Entretanto, a 14 de agosto, o ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral, anunciou linhas de crédito de mais de 10 milhões de euros para apoiar o turismo na Madeira na sequência dos fogos.

Na terça-feira, o Governo acionou a abertura de uma conta de emergência, para apoiar os criadores de gado cujas pastagens foram destruídas pelos incêndios, com um valor total de 500 mil euros.