O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil comprometeu-se esta sexta-feira a manter a paz social na transportadora aérea açoriana SATA desde que a empresa regresse aos bons resultados.

“Na assembleia-geral hoje realizada foi aprovado, por maioria, um voto de confiança à SATA e o sindicato comprometeu-se a manter a paz social se a empresa regressar aos melhores negócios e bons resultados onde já esteve no passado”, disse esta sexta-feira à agência Lusa o porta-voz do sindicato, Bruno Fialho.

Segundo Bruno Fialho, foi também ratificado pela assembleia-geral o acordo de princípio alcançado entre as duas entidades a 16 de agosto, o qual estabelece, entre outros aspetos, que as negociações para a revisão do acordo de empresa vão ser iniciadas a partir da primeira quinzena de setembro.

“Perante a realidade que vivemos e tendo em consideração os constrangimentos orçamentais que durante quatro anos nos foram impostos, este acordo permite que a SATA regresse a uma posição que já teve e ao equilíbrio financeiro”, adiantou o sindicalista.

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A 16 de agosto, o sindicato e a SATA chegaram a um acordo de princípio, no qual “a SATA compreendeu algumas das motivações” dos associados, mas também estes compreenderam “a situação em que a SATA foi deixada”, referiu então o dirigente.

“Portanto, numa otimização de esforços, em conjunto, vamos iniciar as negociações do acordo de empresa em setembro”, declarou Bruno Fialho.

Sobre o acordo de princípio, o responsável explicou na ocasião que o sindicato “apenas reivindicava melhores condições de trabalho e melhor gestão”, sustentando que, “a nível da gestão, foram aceites por parte da empresa alguns dos pontos” que se considerava que estavam “não tão otimizados”, embora sem especificar.

Questionado nessa data se estava afastada a possibilidade de greve, Bruno Fialho garantiu que nesse momento esse cenário não se colocava.

No mesmo dia, o presidente do conselho de administração da SATA, Paulo Menezes, confirmou o acordo de princípio e o início, em setembro, das negociações do acordo de empresa.

“Chegar a acordo é sempre bom desde que todas as partes considerem que foi um bom acordo”, disse Paulo Menezes, realçando que “o importante é garantir a sustentabilidade da empresa, e continuar a trabalhar para o seu crescimento e sucesso com a satisfação dos trabalhadores”.