Metade dos alemães preferem que a atual chanceler Angela Merkel não se apresente à reeleição nas eleições legislativas de 2017, um dos piores resultados da líder conservadora alemã, segundo uma sondagem hoje publicada pelo jornal Bild am Sonntag.

Esta sondagem é divulgada um dia depois de o semanário Der Spiegel ter avançado que Merkel, considerada como a mulher mais poderosa da Europa, tinha ponderado anunciar a sua candidatura para um quarto mandato à frente do governo alemão ainda este ano, mas que tinha recuado.

De acordo com o semanário alemão, a chanceler terá adiado a decisão por causa crise dos refugiados e de problemas internos no seio da coligação governamental.

A sondagem do Bild am Sonntag revelou que a chanceler alemã consegue um apoio global na ordem dos 42%, contra os 50% dos inquiridos que se manifestam contra um novo mandato da chanceler.

Os números são mais favoráveis para Merkel quando só questionados eleitores do bloco conservador, que integra a força partidária da chanceler, a União Democrata Cristã (CDU), e o seu aliado político no estado da Baviera, a União Social-Cristã da Baviera (CSU): a taxa de apoio ronda os 70%, enquanto 22% está contra a sua possível candidatura.

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De acordo com o Der Spiegel, Merkel atrasou o anúncio da sua candidatura porque o líder da CSU, Horst Seehofer, ainda não decidiu se a sua força partidária vai apoiar a líder conservadora nas próximas eleições, uma decisão inédita que poderá representar uma rutura histórica entre as duas formações.

Numa entrevista hoje divulgada pela televisão pública ARD, Angela Merkel evitou dizer se irá apresentar-se à reeleição nas próximas eleições legislativas federais, previstas para o outono de 2017.

A chefe do governo alemão assegurou que vai comunicar a sua decisão no “momento adequado”, algo que também afeta o seu mandato como presidente da CDU, questão que deve ser definida em dezembro deste ano.