Cerca de 6.500 migrantes que tentavam chegar a Itália em embarcações com origem na Etiópia e Eritreia foram resgatados esta segunda-feira pela guarda costeira italiana a cerca de 20 quilómetros da costa da Líbia. Os migrantes foram encontrados em cerca de 40 missões diferentes.

Segundo a BBC, algumas das vinte embarcações onde seguiam os exilados iam de tal forma sobrecarregadas que muitos dos migrantes eram obrigados a viajar com as pernas dentro de água. Os barcos de madeira onde seguiam teriam partido poucas horas antes de serem intercetados pelas autoridades italianas. Grande parte das pessoas que tentavam a travessia para o sul de Itália nestas embarcações vinha da Eritreia e da Somália.

A operação contou com a participação de embarcações da guarda costeira italiana, da Frontex – organismo que procura dar assistência aos países da UE no controlo das fronteiras externas – e das Organizações Não Governamentais Proactive Open Arms e Médicos sem Fronteiras.

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Esta operação de resgate aconteceu depois de, este domingo, aproximadamente 1.100 refugiados terem sido encontrados perto do estreito da Sicília a tentarem completar a travessia.

Dados divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados mostram que mais de 100.000 pessoas já deixaram as costas do norte de África em direção a Itália, desde o início do ano e que mais de 250.000 já fizeram a travessia do Mediterrâneo em 2016. Maior parte dos migrantes são provenientes da Nigéria e da Eritreia.

Pelo menos 3.177 migrantes já morreram ou desapareceram no Mediterrâneo enquanto tentavam fazer a transição para a Europa, este ano, informa outro relatório do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.

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