Mais de 80 investigadores de três institutos portugueses vão, nos próximos três anos, trabalhar na prevenção e controlo de doenças infeciosas e resistência a antibióticos em hospitais de Lisboa, tendo para tal recebido 2,5 milhões de euros.

Trata-se do projeto científico ONEIDA, o qual pretende “criar uma rede inovadora entre investigadores e hospitais para a prevenção e controlo de doenças infeciosas e resistência a antibióticos” e que envolverá mais de 80 investigadores.

Estes investigadores, oriundos do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB NOVA), Instituto de Medicina Molecular (IMM) e Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), vão trabalhar para “dar resposta, em tempo real, às necessidades específicas dos hospitais de Lisboa no que diz respeito a doenças infeciosas”, segundo um comunicado das três instituições.

O projeto deverá, numa segunda fase, ser alargado ao resto do país.

Coordenado por Raquel Sá-Leão e Mónica Serrano (ITQB NOVA MostMicro), o projeto visa obter “uma rápida resposta a questões relativas aos patogénicos que infetam os doentes que chegam aos hospitais, fazendo uma caracterização biológica minuciosa de cada estirpe em termos genéticos e proteicos”.

“Desta forma, os hospitais vão poder dar uma resposta mais rápida e adequada a cada caso, diminuído a morbilidade e evitando o uso inadequado de antibióticos. Simultaneamente, a comunidade científica vai poder fazer um estudo mais rigoroso e detalhado sobre os patogénicos que infetam pessoa e animais em Portugal”, prossegue o comunicado.

Este projeto foi financiado pelo Portugal 2020, um programa que reúne cinco Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEDER), com o objetivo de “alinhar as grandes orientações estratégicas nacionais e europeias para o desenvolvimento económico, social e territorial do país”.

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