Cerca de uma centena de luso-venezuelanos manifestou-se hoje, no Funchal, contra o regime do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e reivindicou a abertura do processo de registo eleitoral para o referendo revogatório naquele país.

“O objetivo é a reivindicação dos direitos dos venezuelanos para abertura do registo eleitoral, para que possamos votar no referendo [revogatório], que se Deus quiser vai acontecer este ano”, disse o líder do grupo Luso-Venezuelanos Pela Verdade, Miguel Pestana, que organizou a manifestação na Madeira.

A oposição venezuelana quer realizar o referendo revogatório presidencial ainda em 2016 e tem acusado o Conselho Nacional Eleitoral de atrasar propositadamente a calendarização das diferentes etapas do processo.

Se o referendo se realizar até 10 de janeiro de 2017 deverão ser convocadas novas eleições presidenciais, segundo a legislação venezuelana.

Se ocorrer depois dessa data, o vice-Presidente da Venezuela em funções, atualmente Aristóbulo Isturiz assumirá os destinos do país até 2019, quando termina o atual mandato presidencial.

Miguel Pestana salientou, por outro lado, que a manifestação também teve por objetivo alertar as autoridades venezuelanas, através do Consulado na região autónoma, para o atraso no pagamento das pensões aos ex-emigrantes reformados, cujo último pagamento – segundo disse – foi feito em abril.

O protesto aconteceu na sequência da grande manifestação de sexta-feira, 01 de setembro, designada por “tomada de Caracas”, que juntou cerca de um milhão de pessoas nas ruas da capital venezuelana.

Na Venezuela reside uma das maiores comunidades de emigrantes madeirenses, oficialmente estimada em 300 mil pessoas.

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