A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), no Brasil, informou que 16 detidos num protesto na tarde de domingo foram indiciados por associação criminosa e corrupção de menores.

Em comunicado, a SSP informou que “o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) indiciou, por associação criminosa e corrupção de menores, 16 pessoas detidas na tarde deste domingo carregando máscaras, pedras, um telemóvel roubado e diversos objetos utilizados em atos de vandalismo”.

Além dos 16 detidos, lê-se na nota, dez adolescentes que estavam com eles “irão responder por ato infracional versando sobre associação criminosa”.

A secretaria informou que, no momento da detenção, alguns detidos carregavam “uma barra de ferro, câmaras, telemóveis, toucas, lenços, máscaras e diversos frascos contendo líquidos”, que foram enviados à perícia para análise da substância.

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A Polícia Militar também “deteve cinco jovens que carregavam pedras e estilingues [fisgas] em mochilas”, segundo o comunicado.

“Um telemóvel roubado também foi encontrado com um dos adolescentes”, de acordo com a SSP.

No comunicado, lê-se ainda que os 26 serão apresentados hoje à Justiça.

Os manifestantes protestaram contra o Presidente Michel Temer, que chegou ao poder na sequência do polémico processo de destituição da ex-Presidente Dilma Rousseff, e pediam eleições diretas.

O protesto, convocado pelo grupo Povo Sem Medo, integrado por movimentos sociais, e pela Frente Brasil Popular, composta por movimentos sindicais, reuniu 100 mil pessoas, na contabilidade dos organizadores, e decorreu de forma pacífica até ao encerramento oficial.

Porém, um grupo de manifestantes permaneceu no Largo da Batata até ser atingido por bombas de gás lacrimogéneo e jatos de água.

Na sua conta na rede social Twitter, a Polícia Militar de São Paulo declarou, sobre o ocorrido, que “em manifestação inicialmente pacífica, vândalos atuam e obrigam PM [Polícia Militar] a intervir com uso moderado da força e munição química”.

Entretanto, na rede social Facebook, o grupo Povo Sem Medo classificou as detenções “de forma arbitrária” como algo “escandaloso”, alertando que “vários deles são menores” e que só puderam estabelecer contactos com os pais e advogados “após a chegada de parlamentares” ao local.