O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) decidiu hoje prorrogar por mais um ano a Operação Lava Jato, que investiga o maior esquema de corrupção da história do Brasil.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República indicou que “as forças-tarefas que atuam na Operação Lava Jato em Curitiba e no Rio de Janeiro” terão “duração de mais um ano, prazo contado a partir do dia 08 deste mês”.
Iniciada em março de 2014, a Operação Lava Jato, que já deflagrou 33 etapas, levando a prisões de políticos e importantes empresários, conta com onze procuradores e três colaboradores em Curitiba.
A equipa do Rio de Janeiro, que reúne três procuradores, começou a trabalhar em junho deste ano, para tratar de desdobramentos da Lava Jato naquele estado brasileiro, que envolvem a estatal Electronuclear e desvios na obra da central nuclear Angra 3.
A Lava Jato investiga várias empresas, com destaque para a petrolífera brasileira Petrobras, alvo de fraudes.
Entre as empresas já implicadas no caso estão também grandes empreiteiras, como a Camargo Corrêa, OAS, Queiroz Galvão e Odebrecht.
Entre os investigados contam-se dezenas de políticos, incluindo o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empresários, executivos, operadores financeiros e doleiros.
A primeira fase internacional da Lava Jato decorreu em Portugal em março, quando Raul Schmidt, sócio de um antigo diretor da Petrobras, foi detido em Lisboa.