O primeiro-ministro prometeu hoje para breve uma solução para viabilizar os custos de manutenção, restauração e de atividade do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, instituição fundada em 1837 por membros da comunidade portuguesa.

No final de uma visita a uma das mais emblemáticas instituições representativas da cultura lusófona no Rio de janeiro, com uma passagem demorada pelos diferentes andares da biblioteca – com 300 mil exemplares, parte dos quais com elevada importância histórica -, António Costa procurou deixar garantias de que o seu Governo “tudo fará para preservar a sua continuidade e perenidade”.

“Estou aqui num símbolo da maior importância da cultura e da língua portuguesa. É a grande ponte que une a pátria portuguesa ao Brasil. Para o Estado Português, é um dever reconhecer aquilo que foi este contributo único da comunidade portuguesa no Rio de Janeiro, que fez esta doação ao Brasil”, disse.

No seu breve discurso, o líder do executivo referiu-se depois ao trabalho em curso pelo Governo no sentido de analisar o futuro da sua colaboração com o Real Gabinete Português de Leitura e destacou a atenção dedicada pelo seu ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, ex-cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, em relação a este processo.

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“Pediu-me para transmitir aqui que os estudos estão não só muito avançados, como se encontram no sentido muito positivo de rapidamente podermos fechar um entendimento sobre o futuro do Real Gabinete Português de Leitura. É o mínimo que o Estado português pode fazer por esta instituição”, completou o primeiro-ministro.

António Costa considerou em seguida que a melhor forma de se homenagear a comunidade portuguesa do Rio de Janeiro “é precisamente o Estado Português assumir as suas responsabilidades em relação à continuidade e perenidade de uma instituição que tanto tem feito pela cultura da língua portuguesa”.

“Brevemente poderemos concluir o trabalho já iniciado”, insistiu.

Antes, o primeiro-ministro tinha escutado os avisos de responsáveis do Real Gabinete Português de Leitura de que a comunidade portuguesa do Rio de Janeiro, sozinha, já não tem capacidade para responder às exigências decorrentes das despesas com restauros, preservação e com as atividades da instituição.

Ao Instituto Camões, em particular, pediram assistência técnica, mas, também, “apoio direto”.