O Japão anunciou que pediu à União Europeia (UE) para partilhar dados pessoais dos seus passageiros aéreos para reforçar a sua estratégia de segurança antiterrorista para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Tóquio pretende ter acesso à informação dos viajantes europeus que entrem em território japonês, algo que o bloco dos ’28’ não prevê por agora devido à sua estrita política de proteção de privacidade.

Em troca, o Japão partilhará também a UE os dados relativos aos japoneses que viajem para qualquer país do bloco, o que permitiria a ambas as partes contrapor esta informação com as “listas negras” elaboradas pelos serviços de inteligência relativas a pessoas suspeitas de terem ligações com organizações terroristas.

As autoridades nacionais e as transportadoras aéreas contam com informação pessoal dos passageiros que incluem os seus nomes, números de passaporte e de documentos de identidade nacionais e dados bancários, entre outros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Estes dados são comparados com os incluídos nas “listas negras” nos controlos de imigração para evitar a entrada de indivíduos suspeitos.

A União Europeia proíbe, na prática, qualquer tipo de transferência de dados pessoais que companhias aéreas e outras empresas têm, e apenas permite o acesso aos dados pessoais dos seus viajantes aos países que partilham os seus critérios de proteção de privada.

O objetivo do Japão passa por selar um acordo com os 28 para poder contar com dados tanto das transportadoras aéreas europeias como de autoridades nacionais, explicou um membro do governo japonês à agência Kyodo.