Os dois meios aéreos acionados esta quarta-feira para o combate ao incêndio que lavra desde terça-feira na aldeia do Soajo, Arcos de Valdevez, “foram desmobilizados por falta de condições para operar”, revelou à Lusa a Proteção Civil.

Em declarações à agência Lusa, o segundo comandante distrital do Comando de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, Robalo Simões, disse que os dois aviões “foram desmobilizados por falta de teto”.

“O muito fumo que se faz sentir, sobretudo junto à barragem do Alto Lindoso, onde os meios aéreos abastecem de água, impossibilitou que pudessem dar o seu contributo no combate às chamas, que se faz agora no terreno com os operacionais que estão posicionados”, afirmou Robalo Simões.

De acordo com aquele responsável, o incêndio, que deflagrou na terça-feira cerca das 09:08, “tem uma frente ativa e lavra numa zona sem qualquer tipo de acesso, em que o combate, no terreno, de faz com ferramentas manuais”.

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Robalo Simões sublinhou que “não há casas em risco” e escusou-se a apontar uma previsão para dar o incêndio como dominado, apesar da melhoria das condições meteorológicas relativamente a terça-feira.

“A temperatura quebrou bastante, há mais humidade e o vento é moderado. O combate está a decorrer favoravelmente. Vamos ver como é que as coisas correm”, afirmou.

A Câmara de Arcos de Valdevez acionou na terça-feira à tarde o Plano Municipal de Emergência, na sequência dos fogos que lavram na zona do Soajo e obrigou à evacuação do lugar de Paradela, em pleno Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG).

O incêndio provocou “queimaduras ligeiras” em dois habitantes de Paradela. Um terceiro habitante também teve de ser assistido, por inalação de fumos.

Os três foram conduzidos para o Hospital de Ponte de Lima.

Também “morreram vários animais” na sequência deste incêndio florestal.