Os candidatos a secretário-geral da ONU vão ser votados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas pela quarta vez, esta sexta-feira. António Guterres venceu as três primeiras votações informais para o cargo.

Duas outras votações estão agendadas: uma semelhante às primeiras quatro, que acontece a 26 de setembro, e uma na primeira semana de outubro, em que os votos dos membros permanentes do conselho, que têm poder de veto sobre os candidatos, serão destacados.

As três primeiras votações para o cargo, nas quais Guterres foi sempre o mais votado, aconteceram a 21 de julho, 5 de agosto e 29 de agosto.

Durante as votações, cada um dos 15 membros do conselho indica se “encoraja”, “desencoraja” ou “não tem opinião” sobre os candidatos.

Na primeira votação, recebeu 12 votos de encorajamento e nenhum de desencorajamento. Na segunda, teve 11 votos “encoraja”, dois votos “não tem opinião” e dois “desencoraja”. Na votação de 29 de agosto, Guterres teve 11 votos “encoraja”, três “desencoraja” e um “sem opinião” – o seu pior resultado de todas as votações.

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Neste momento, o lugar de secretário-geral da ONU é disputado por 10 candidatos, metade dos quais mulheres.

O segundo lugar tem passado entre vários candidatos da Europa de Leste. O cargo é habitualmente atribuído a candidatos de diferentes áreas geográficas e um grupo de países, incluindo a Rússia, defende que chegou a hora de alguém desta região liderar a ONU.

Na primeira votação, destacou-se o ex-Presidente esloveno Danilo Turk; na segunda votação, Vuk Jeremic, da Sérvia, foi o segundo mais “encorajado”. Na última ronda, o segundo lugar foi para o ministro dos Negócios Estrangeiros eslovaco, Miroslav Lajcak.

Apesar da pressão internacional para escolher pela primeira vez uma mulher para o cargo, posição que foi apoiada pelo atual secretário-geral, Ban Ki-moon, ainda nenhuma das candidatas conseguiu melhor do que um terceiro lugar nas votações. A mulher mais bem colocada tem sido Irina Bokova, que na última votação teve cinco votos “desencoraja”, sete votos de apoio e três “não-opinião”.

Assim que um candidato reunir nove votos entre os 15 países membros e aprovação de todos os membros permanentes – China, França, Reino Unido, Rússia e Estados Unidos – o conselho recomendará o seu nome para aprovação pela Assembleia-Geral da ONU, que reúne representantes de 193 países.

A organização quer encontrar o sucessor de Ban Ki-moon, que termina o seu segundo mandato no final do ano, no dia 31 de dezembro.