Mais de 1,7 milhões de venezuelanos cruzaram um dos seis postos de fronteira com a Colômbia no último mês, 70% dos quais para comprar alimentos, medicamentos e produtos de higiene. Os números foram avançados num comunicado divulgado pelas autoridades colombianas na terça-feira, quando passou um mês desde a reabertura da fronteira entre os dois países, que esteve fechada durante cerca de um ano por ordem do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
A reabertura “ordenada, controlada e gradual” da fronteira foi acordada a 11 de agosto entre Maduro e o Presidente da Colômbia, Juan Manuel dos Santos.
Em julho, mais de 100 mil venezuelanos haviam cruzado a fronteira com a Colômbia para comprarem produtos básicos e medicamentos escassos na Venezuela, durante dois domingos em que houve uma abertura fronteiriça temporária a peões, segundo as autoridades colombianas.
A Venezuela e a Colômbia partilham mais 2.219 quilómetros de fronteira.
A 19 de agosto de 2015, Maduro ordenou o encerramento da ponte Simón Bolívar, principal passagem entre a cidade colombiana de Cúcuta e as localidades venezuelanas de San António e Ureña.
Cinco dias depois, as autoridades venezuelanas decretaram o estado de emergência em seis municípios fronteiriços com a Colômbia, justificando a medida com o combate a grupos paramilitares, ao narcotráfico e ao contrabando.
O estado de emergência foi depois estendido a 20 municípios, abrangendo os estados venezuelanos de Táchira, Zúlia e parte de Apure, o que levou ao fecho de toda a fronteira.