O Presidente norte-americano anunciou esta quarta-feira, na presença da dirigente birmanesa Aung San Suu Kyi, que irão ser levantadas em breve as sanções impostas à Birmânia, país do sudeste asiático em processo transição democrática após décadas de isolamento.

No final de um encontro na Sala Oval com o ícone da democracia que se tornou chefe da diplomacia birmanesa, Barack Obama afirmou que o seu país está “agora pronto” para levantar as sanções impostas quando a junta militar estava no poder no país. Inquirido sobre a data, Obama respondeu apenas: “Em breve”, sem mais pormenores.

Em maio, os Estados Unidos tinham já reduzido as restrições aos setores bancário, mineiro e madeireiro, mas Washington manteve uma lista negra de mais de 100 pessoas acusadas de ligação à antiga junta militar. Os cidadãos norte-americanos não podem concluir contratos com os birmaneses que figuram nessa lista, ou com as empresas de que aqueles são proprietários.

Lado a lado na Sala Oval, os dois prémios Nobel da Paz, que se encontraram muitas vezes, insistiram no caminho percorrido após décadas de isolamento internacional. “Chegámos a um ponto em que poucas pessoas nos imaginariam há cinco anos”, declarou a “dama de Rangum”.

“Estamos muito otimistas quanto ao futuro [da Birmânia]”, disse Obama, que se deslocou por duas vezes ao país. Felicitando Aung San Suu Kyi, sentada ao seu lado, pelos progressos feitos, Obama sublinhou que há “muito trabalho” ainda por fazer, mas que o país “está na direção certa”.

O chefe de Estado norte-americano anunciou também, numa mensagem de correio eletrónico enviado ao Congresso, que a Birmânia beneficiará novamente das preferências tarifárias reservadas aos países menos avançados, que tinham sido suspensas durante o período da ditadura militar.

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