A pianista Maria João Pires vai atuar nestas quarta e quinta-feiras, no navio Queen Elisabeth, palco de uma digressão inédita da Orquestra Gulbenkian, por mar, que realiza concertos diários a bordo e em terra, pelo Mediterrâneo.

De acordo com a programação inscrita no sítio ‘online’ do Queen Elisabeth Music Chapel, centro de ensino musical europeu, este cruzeiro musical pelo sul de Espanha, durante uma semana, que termina na quinta-feira, apresenta também ensaios, encontros e ‘master classes’ abertos aos viajantes.

A Orquestra Gulbenkian é uma das formações convidadas para o programa e tocará três vezes a bordo, mais dois espetáculos em terra, em Sevilha, e na ilha de Minorca.

No programa deste cruzeiro musical está previsto para hoje, no Queen Elisabeth Musical Voyage, a partir das 22:00, um concerto ‘carta branca’, dirigido pelo violinista e maestro Augustin Dumay, no qual participam Maria João Pires, e ainda, entre outros, o barítono José van Dam, a soprano Anne-Catherine Gillet, a violinista Alexandra Cooreman e o violoncelista Gary Hoffmann.

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Na quinta-feira, último dia do cruzeiro musical, Maria João Pires, 72 anos, também participa num concerto da Orquestra Gulbenkian dirigido pelo maestro Christopher Warren-Green, no qual vai interpretar o 4.º Concerto para piano e orquestra, em Sol maior, de Beethoven.

Esta iniciativa, que junta a música ao prazer da viagem e da descoberta, reúne jovens solistas em residência — cantores, pianistas, violinistas, violoncelistas e também músicos de câmara – proporciona, ao longo de uma semana, ensaios, encontros e ‘master classes’ abertos aos viajantes.

Este ano, a Queen Elisabeth Musical Voyage teve início em Lisboa, com um concerto no Grande Auditório da Fundação, pela Orquestra Gulbenkian. O Queen Elisabeth Music Chapel foi criado na Bélgica, em 1939, com o objetivo de apoiar jovens talentos através de um centro musical de excelência, e atualmente dispõe de seis mestres em residência e vários professores permanentes ou convidados, que trabalham com cerca de seis dezenas de jovens talentos vindos de todo o mundo.

Tal como a Fundação Gulbenkian, a Queen Elisabeth Music Chapel integra a ENOA, uma rede de cooperação europeia no domínio da ópera, do ensino da música e da formação.