A justiça sueca manteve, esta sexta-feira, o mandato de detenção emitido em 2010 contra o fundador do ‘site’ WikiLeaks, o australiano Julian Assange, no âmbito de um processo por alegada violação.
O Tribunal da Relação de Estocolmo “rejeita o pedido de levantamento do mandato de detenção”, considerando que Julian Assange “se mantém como suspeito de violação” e que “existe um risco de fuga à justiça ou a uma condenação”, precisa um comunicado emitido pela instituição, citado pela agência France Presse.
O australiano, que nega a violação, está refugiado desde 2012 na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde é procurado por suspeita deste crime. Assange teme pisar solo sueco e ser extraditado para os Estados Unidos, onde poderá responder pela divulgação de milhares de documentos confidenciais.
Segundo a imprensa sueca, as acusações de violação contra Assange remontam a 2010 e partem de duas mulheres, uma de 20 e outra de 30 anos. Uma terá passado a noite com o fundador do WikiLeaks num apartamento de Estocolmo e outra esteve reunida com ele em Enköping. Assange recusa as acusações.
O processo na Suécia, que agora o tribunal superior confirmou, só expira em 2020 — o limite temporal para ser proferida uma acusação.
O WikiLeaks ficou conhecido após a publicação de documentos confidenciais do exército dos EUA sobre a guerra no Afeganistão.