O CDS desafiou este domingo o PS a esclarecer se vai “perder a vergonha”, tal como o Bloco de Esquerda lhe pede, tributando as poupanças de quem aforra, e se vai continuar a dar protagonismo político aos bloquistas.

Um repto feito por Adolfo Mesquita Nunes, vice-presidente do CDS-PP, numa reação a declarações proferidas no sábado pela deputada e dirigente do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, durante a ‘rentrée’ política do PS, em Coimbra, onde defendeu que no domínio da fiscalidade é preciso ir buscar a quem está a acumular dinheiro.

Em declarações à agência Lusa, na sequência desta posição de Mariana Mortágua, Adolfo Mesquita Nunes questionou a direção do PS “se vai perder a vergonha, continuando a dar protagonismo ao Bloco [de Esquerda], ou se vai ficar embaraçado”.

Para Adolfo Mesquita Nunes, o Bloco de Esquerda está a pedir ao PS “que perca a vergonha de ir tributar quem acumula dinheiro, ou seja, quem poupa”.

“O Bloco de Esquerda pede ao PS para que perca a vergonha de ir tributar aqueles que, pagos os seus impostos, cumpridas as suas obrigações, consegue, ainda assim, pôr algum de lado, para comprar uma casa, acautelar a reforma, estudar, deixar aos filhos, investir ou criar postos de trabalho”, apontou também o vice-presidente do CDS-PP.

Ainda segundo Adolfo Mesquita Nunes, ex-secretário de Estado, “num país sem poupanças, o Bloco de Esquerda pede ao PS para que perca a vergonha de ir tributar não os rendimentos mais elevados, não os consumos de luxo, mas as poupanças daqueles que aforram”.

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