Algumas dezenas de dirigentes e delegados sindicais concentraram-se esta manhã em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, num protesto promovido pela Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) contra a “profunda degradação” das empresas de transporte público.

“Entregámos hoje uma carta ao ministro das Finanças para que desbloqueie medidas que tragam investimento para reparar autocarros e comboios, ou que admitam novos trabalhadores”, explicou à Lusa o coordenador nacional da federação, José Manuel Oliveira.

O dirigente sindical adiantou que na carta entregue esta terça-feira ao ministro das finanças os sindicalistas apelam para um desbloqueio de verbas para as empresas públicas de transportes, para resolver problemas “que se arrastam” em consequência do desinvestimento dos últimos anos.

“A imobilização da frota – comboios, autocarros e navios – atinge níveis inéditos, consequência do desinvestimento feito ao longo dos anos numa lógica de privatização das empresas públicas”, lê-se no documento entregue ao ministro.

Os delegados sindicais salientam, naquela carta, a política de “redução cega” de efetivos das empresas que tem levado à saída de milhares de trabalhadores e perguntam se o Governo está “deliberadamente” a incentivar uma situação de ‘quanto-pior-melhor’ para justificar medidas de liquidação ou privatização das empresas de transportes.

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