O treinador do Boavista reclamou hoje “o direito de pensar em fazer algo positivo” no encontro com o FC Porto relativo à sexta jornada da I Liga portuguesa de futebol, na sexta-feira, às 19h00, no Estádio do Dragão, no Porto.

Erwin Sánchez, que anteviu para a comunicação social o dérbi com os portistas, recordou que “jogar com o FC Porto tem sempre um peso diferente e os jogos entre ambas as equipas, por norma, são bem disputados, até pela rivalidade que existe” e rematou dizendo que “isso é o lindo futebol”.

“Vamos defrontar uma grande equipa, sempre com o pensamento de melhorar jogo a jogo. Sabemos que o Porto também precisa de uma vitória, mas também temos o direito de pensar em fazer alto positivo”, afirmou o boliviano.

Sánchez foi questionado sobre se os dois últimos jogos do FC Porto (1-1 com o Copenhaga, para a Liga dos Campeões, e 0-0 com o Tondela, para o campeonato) serviram para o Boavista perceber em que pontos pode ferir o seu próximo adversário e respondeu que a sua equipa procurará ser fiel ao seu estilo.

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“Temos uma ideia do jogo e não é por defrontar um Porto ferido, e nós também o estamos, que vamos mudar a nossa maneira de estar dentro do campo. Muito pelo contrário, temos de ser mais rigorosos, mais disciplinados e tentar contrariar todo esse poderio que o Porto possa vir a ter em casa. É isso que vamos tentar fazer”, explicou

O técnico ‘axadrezado’ comentou os erros de Lucas Tagliapietra que contribuíram para a derrota caseira com o Feirense (1-2), na ronda anterior, referindo que “azar individual” do defesa central “faz parte do passado”.

Sánchez acrescentou que os erros de Lucas Tagliapietra, que acabou ainda por ser expulso, podiam ter-se notado menos se a equipa tivesse concretizado pelo menos “30 ou 40% das oportunidades” que teve para marcar.

“Mas aconteceu assim, foi um jogo muito difícil para encontrar uma razão, porque tivemos muitos cantos e livres laterais, mas quando a bola não quer entrar… Podíamos ficar a jogar a noite toda e não conseguíamos marcar”, considerou.

O Boavista, por motivos vários, já usou três guarda-redes diferentes na I Liga: Mika, que saiu para o Sunderland, da primeira divisão inglesa, Mamadou Ba e, na partida com o Feirense, Mikael Meira. Chegou entretanto um novo guarda-redes, Kamran Aghayev, do Azerbaijão, e a incerteza instalou-se na cabeça de Erwin Sánchez.

“É a dúvida que tenho neste momento”, disse, adiantando que o mesmo não sucede quanto aos restantes dez jogadores que iniciarão o encontro frente ao FC Porto.

Questionado sobre quem irá substituir Lucas Tagliapietra, que cumprirá um jogo de castigo por ter sido expulso, Sánchez admitiu que Carlos Santos é uma possibilidade. “Mas o Philipe (Sampaio) também tem vindo a trabalhar muito bem”, acrescentou.

O FC Porto, terceiro classificado, com dez pontos, e o Boavista, 12.º, com cinco, defrontam-se na sexta-feira, no Estádio do Dragão, no Porto, a partir das 19h00, num jogo arbitrado por Nuno Almeida, da associação do Algarve.