No Dia Europeu Sem Carros, 22 de setembro, a Vodafone Portugal desafiou os colaboradores a deslocarem-se até ao local de trabalho num meio de transporte diferente do que utilizam diariamente: de bicicleta. O mote foi o teste da aplicação Horizontal, lançada esta quinta-feira na App Store.
A Horizontal é uma aplicação criada para facilitar as deslocações de bicicleta dentro das cidades criando rotas que sejam o mais planas possíveis, incluindo em Lisboa, a cidade das sete colinas. A app foi a vencedora do concurso de empreendedorismo Vodafone Big Smart Cities 2015 – competição promovida pelo Vodafone Power Lab – e foi lançada oficialmente no mercado.
No pátio central da Vodafone Portugal estavam mais de 100 bicicletas utilizadas pelos colaboradores e convidados, que chegaram à sede liderados pelo diretor geral Mário Vaz (uma viagem que começou na Av. de Roma). A aplicação foi idealizada pelo arquiteto belga Kobe Vanhaeren, que esteve presente na apresentação da aplicação. “Conheci a minha mulher na Bélgica e foi impossível não me mudar para Portugal”, foi assim que Kobe iniciou o discurso de apresentação da Horizontal. O arquiteto contou as dificuldades que sentiu em deslocar-se de bicicleta em Lisboa devido às elevadas inclinações das estradas e a falta de ciclovias, e foi daí que começou a surgir a ideia da Vodafone Horizontal.
Inicialmente a ideia da equipa responsável pelo projeto seria criar ciclovias por todas as ruas, mas rapidamente se aperceberam que seria um projeto quase impossível.
Esta aplicação, que estará disponível em breve também para Android, consegue prever diversas rotas para o utilizador se deslocar de bicicleta sem que estas passem por ruas com uma inclinação superior a 4%. “Quer dizer, não é bem assim”, refutou Kobe durante a apresentação, “a aplicação ajusta-se consoante o perfil do utilizador.
Inicialmente é preciso configurar um perfil em que a aplicação fica com a informação de que tipo de ciclista está a utilizar a Horizontal, se é um principiante, um utilizador regular ou um profissional. Consoante o destino, e o perfil do utilizador, podem surgir inclinações superiores a 4% no caminho.” A aplicação cria as rotas entrando em conformidade com o perfil e com o destino programado, uma vez que pode compensar mais subir uma rua com inclinação de 6% do que de 2% dependendo do comprimento da mesma.
Além do percurso, esta aplicação permite calcular tempos, distâncias, as calorias consumidas no exercício e até a quantidade de CO2 que não foi libertado na atmosfera.
Para já a aplicação funciona nas cidades de Lisboa e Bruxelas, mas já estão a ser desenvolvidos e implementados os circuitos de cerca de 450 cidades. Muitas delas deverão estar operacionais até ao final do ano. Esta é uma iniciativa que pretende contribuir para uma mobilidade cada vez mais inteligente, sustentável, e saudável.