Recém-chegado ao mercado, o Giulia conhecerá, já no Salão de Paris, a sua primeira ampliação de gama. A tarefa estará a cargo das novas versões Veloce, no topo de gama da marca de Arese, em que o principal motivo de destaque vai para a estreia de dois novos motores, um a gasolina, o outro turbodiesel, e para a inclusão, de série, do sistema de tracção integral Q4.

A Veloce, uma designação emblemática para a Alfa Romeo, foi inaugurada em 1956 com o Giulietta, e desde sempre utilizada para identificar as criações de pendor mais desportivo. A mesma denominação serve agora para identificar as variantes de tracção integral do novo Giulia, que merecem ainda nota de destaque por recorrerem a dois novos motores, um para cada tipo de combustível.

Assim, o mais dotado dos novos Giulia Veloce é o animado pelo quatro cilindros a gasolina de 2,0 litros inteiramente construído em alumínio. Com turbocompressor, distribuição electrohidráulica MultiAir e injecção directa de alta pressão de 200 bar, oferece 280 cv às 5250 rpm e um binário máximo de 400 Nm às 2250 rpm.

Mais económica é a variante do Giulia Veloce sob cujo capot está instalado o novo 2.2 turbodisel, o primeiro motor do género da Alfa Romeo inteiramente construído em alumínio. Com injecção Multijet II de última geração e 2000 bar de pressão e turbocompressor de geometria variável de accionamento eléctrico, disponibiliza uma potência de 210 cv às 3500 rpm e um binário máximo de 470 Nm logo às 1750 rpm.

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Em termos de transmissão, os novos Giulia Veloce distinguem-se por combinarem a caixa automática de oito velocidades com o sistema de tracção integral Q4, dotado de uma caixa de transferências activa e de um diferencial traseiros desenhados especificamente para satisfazerem os requisitos da Alfa Romeo. O objectivo foi criar uma solução capaz de controlar um binário significativo, de actuação muito rápida e, ao mesmo tempo, ligeira – e a verdade é que o aumento de peso imposto pelo sistema 4×4 é de apenas 60 kg.

A embraiagem activa da caixa de transferências e o actuador Next-Gen integrado serão os principais responsáveis pela velocidade e precisão de resposta do sistema, ajustável ao modo de condução seleccionado pelo condutor através do DNA. Em condições normais, o sistema Q4 envia 100% do binário para o eixo traseiro permitindo que o Giulia Veloce se comporte como um veículo com tracção traseira, podendo, em tempo real, enviar até 60% da força motriz para as rodas dianteiras, sempre que as condições de motricidade e aderência do momento assim o exijam.

A distinguir os Giulia Veloce estão ainda alguns elementos exteriores e interiores. No primeiro caso, refiram-se os pára-choques específicos, as molduras das portas em preto brilhante, o extractor traseiro específico (que incorpora a dupla ponteira de escape) ou as opcionais jantes de liga de 19” e cinco buracos. No interior, a diferença é ditada pelos novos bancos Sport em pele, disponíveis em três cores, o volante desportivo aquecido com pega exclusiva e as aplicações em alumínio no tablier, túnel central e painéis das portas.

De referir que, para o início de 2017, está ainda prometida a chegada de uma nova versão do modelo de topo da Alfa, o Giulia AE (Advanced Efficiency – Eficiência Avançada). Além do logo específico na tampa da mala, e da adopção do nível de acabamentos e equipamento Business, esta variante destaca-se por ter por base o motor 2.2 diesel de 180 cv, com caixa automática de oito velocidades, mas estando optimizada para garantir consumos e emissões mais reduzidos.

Por isso, o motor conta com uma válvula EGR de baixa pressão, do sistema de recirculação dos gases de escape, para melhor a sua eficiência, com um intercooler ar-água, um circuito de refrigeração secundário e relações de caixa específicas. Ao mesmo tempo, a altura ao solo foi reduzida em cerca de 5 mm, o Cx baixou para 0,23 e as jantes de liga contam com um desenho exclusivo, estando revestidas por pneus 205/60 de baixa resistência ao rolamento.

Com tudo o isto, o Giulia AE promete um consumo médio de apenas 4,2 l/100 km, correspondente a emissões de CO2 de somente 99 g/km. E sem comprometer as prestações, tendo em conta a velocidade máxima anunciada de 230 km/h e os 7,2 necessários para cumprir os 0-100 km/h.