Pelo menos 17 pessoas, incluindo cinco crianças, morreram na quarta-feira em consequência do naufrágio de uma embarcação ilegal no sul do Bangladesh e um número indeterminado de passageiros permanecem desaparecidos, segundo fontes oficiais.

“Recuperámos 17 corpos em dois dias, incluindo os de cinco crianças. Quatro foram resgatadas com vida”, disse o chefe administrativo do distrito, Gazi Saifuzzaman.

O barco naufragou no rio Shandhya, em Barisal, a cerca de 500 quilómetros de Daca, com 60 pessoas a bordo, algumas das quais conseguiram chegar a terra a nado, pelo que as autoridades não sabem ao certo quantas estão desaparecidas.

“O barco foi recuperado do rio por uma embarcação de auxílio e não há corpos lá dentro. Suspendemos a operação de resgate”, afirmou.

O responsável indicou que a embarcação transportava passageiros de forma ilegal e levava gente a mais.

Os acidentes de barco são habituais no Bangladesh, um país atravessado por centenas de rios e afluentes, em que o transporte fluvial é um meio habitual de comunicação.

Na maior parte dos casos, os acidentes acontecem devido ao excesso de peso e saturação dos barcos e às más condições das embarcações.

Em fevereiro do ano passado, 68 pessoas morreram no centro do país num naufrágio. Em agosto de 2014, o Pinak-6 afundou-se com 280 pessoas a bordo no rio Padma quando passava pelo centro do país, apesar de o barco só estar desenhado para transportar, no máximo, 150 pessoas.

Em 2013, uma centena de pessoas afogou-se depois do naufrágio de um barco onde viajavam bangladeshianos e refugiados birmaneses, enquanto em 2012 morreram outras 142 pessoas quando um barco com 180 passageiros se afundou no rio Meghna.

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