O presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) negou, esta quinta-feira, que o seu pedido de demissão se deva à orientação para a dádiva de sangue por homossexuais masculinos, alegando razões “pessoais e familiares” para a sua saída.

“Apresentei razões pessoais e familiares para pedir a minha substituição no cargo, e aguardo, conforme acordado com o senhor Ministro da Saúde, que este considere o momento oportuno para a minha substituição”, afirmou, em comunicado, Helder Trindade.

Com este esclarecimento, o presidente demissionário do IPST pretende “evitar conexões abusivas e ofensivas sobre um ato” do seu exclusivo foro pessoal.

Segundo Helder Trindade, o seu pedido de demissão “ocorreu algum tempo antes da autorização da DGS para a dádiva de sangue por homossexuais masculinos, pelo que nada tem a ver com essa matéria”. O pedido foi aceite pelo Ministério da Saúde.

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“Repudia-se por isso qualquer associação entre a demissão e o referido documento da Direção Geral da Saúde (DGS), por ser mentira e por ser, no limite, desajustado”, adiantou.

Para Helder Trindade, essa nunca seria uma razão para terminar a sua missão no IPST.

“Sou um médico que pertence ao mapa de pessoal da instituição e, como presidente do IPST, todo o trabalho que desenvolvi durante o meu mandato foi no sentido de pugnar pelo melhor cumprimento da missão do IPST”, adiantou.