Os bombardeamentos da coligação internacional na Síria, iniciados há dois anos, causaram a morte a 6.213 pessoas, na sua maioria ‘jihadistas’ do grupo extremista Estado Islâmico (EI), segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Desde 23 de setembro de 2014, a aviação da aliança comandada pelos Estados Unidos tem tido como principal objetivo as zonas controladas pelo chamado Daesh, mas também posições da Frente da Conquista do Levante (antiga Frente Al-Nusra — braço sírio da Al-Qaida), sobretudo no norte e leste do país.
Pelo menos 5.357 membros do Estado Islâmico, principalmente de nacionalidades que não a síria, morreram devido aos ataques aéreos da coligação contra as suas bases nas províncias de Al Raqa, Deir Ezzor, Aleppo, Hama, Homs e Al Hasaka.
Entre os mortos do grupo figuram dezenas de líderes militares, de segurança e emires de nacionalidades síria e estrangeiras como Abu Omar al Shishani e Abu Sayyaf.
O Observatório, que estimou em 136 os combatentes da Frente Al-Nusra abatidos, admitiu que a contagem de mortos nas filas das fações extremistas pode ser maior, devido à dificuldade em obter esses dados por causa do secretismo das partes.
Por outro lado, registam-se 611 vítimas civis, entre eles 163 menores e 90 mulheres, que morreram principalmente em bombardeamentos da coligação com mísseis contra refinarias e poços de petróleo em Al Hasaka, Al Raqa, Alepp, Idleb e Deir Ezzor.
Além disso, um bombardeamento “por erro” atingiu pela primeira vez, este mês, as forças do regime sírio, causando a morte a perto de 90 soldados na província oriental de Deir Ezzor.
A coligação internacional, composta por cerca de 60 países, iniciou as suas operações na Síria depois de o EI conquistar amplas regiões do país e também do Iraque, e proclamar um califado em ambos os territórios.