“Nós não gostamos de fotografias mas gostamos de ler o Observador, por isso, força, vamos a isso” disseram-nos Joana e Filipa quando lhes perguntámos se as podíamos fotografar. Meio tímidas, afirmaram que não tinham jeito nenhum para estas coisas mas a verdade é que não é preciso jeito para se ter realmente muita “pinta”. Nem jeito, nem idade. Polly (para os amigos, disse ela, por isso já é uma amiga do Observador) confessou que achava que já não tinha idade para estar num artigo com as pessoas mais fashion. Mas, como não? Não existe idade para nos sabermos vestir. É tudo uma questão de personalidade.

O segundo dia (24 de Setembro) do Caixa Alfama foi marcado por mais frio que o dia anterior, e o palco principal mesmo à beira Tejo não convidava a grandes aventuras sem casacos. Mas vimos muitos vestidos, macacões e casacos de cabedal. Talvez por ser sábado, a música acabou por atrair muitos turistas. E até demos por nós a explicar o que é o fado (e a palavra saudade) a um casal londrino, Rachel e Callum, que nos contaram que vieram passar o fim de semana a Lisboa e se depararam com esta festa em Alfama. “Nunca tínhamos ouvido falar deste tipo de música mas ficámos apaixonados pela sonoridade e comprámos bilhetes. Temos andado a subir e a descer as ruas para conseguir ouvir tudo”, explicou Rachel. “Conhecem Amália Rodrigues? Foi uma das maiores fadistas portuguesas”, dissemos. “Talvez seja a senhora que temos visto em fotografias por todo o lado?”, questionou Callum. Ora, nem mais.

Raquel Tavares, Filipa Cardoso, Maria Ana Bobone, Cláudia Madur e Marco Rodrigues foram alguns dos nomes que (en)cantaram nesta última noite e que explicam porque, sem dúvida, há toda uma nova geração (fashion, com certeza) a ouvir fado.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR