A população de elefantes em África está no nível mais baixo desde há 25 anos, sobretudo devido à caça furtiva, revela um relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), publicado este domingo.

Segundo o estudo, baseado em 275 medições em todo o continente, África tem hoje cerca de 415.000 elefantes, uma queda de 111.000 desde a última década.

Esta é a primeira vez em 25 anos que o Relatório sobre o Estado do Elefante Africano regista um declínio do número de espécimes face à população de há duas décadas e meia e a UICN atribui a queda à caça furtiva.

“O forte aumento da caça furtiva que começou há cerca de uma década — o pior que a África viveu desde os anos 1970/80, é a principal causa do declínio” da população de elefantes, explica a UICN em comunicado.

Outra ameaça para a espécie é o desaparecimento progressivo das zonas naturalmente habitadas pelos elefantes.

A diretora-geral do UICN, Inger Andersen, disse que os números mostram “a situação verdadeiramente alarmante do majestoso elefante”.

“É chocante, mas não surpreendente, que a caça furtiva tenha tido um impacto tão dramático neste espécie icónica”, disse a responsável da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Os caçadores furtivos caçam elefantes para venderem a preços elevados os seus dentes de marfim, sobretudo nos mercados asiáticos.

O relatório foi divulgado perante os delegados da CITES, a convenção internacional sobre o comércio de espécies selvagens ameaçadas de extinção, que começou no sábado em Joanesburgo e durante a qual deverão ser discutidas novas medidas de proteção.

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