Os seis filhos de Liliana Melo, que tinham sido retirados à família para adoção, voltaram a casa da mãe após um acordo assinado esta sexta-feira no Tribunal de Sintra. Há quatro anos que este caso estava a decorrer em vários tribunais, tendo mesmo culminado numa condenação ao Estado de Portugal por parte do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, conta o Público.

Em junho de 2012, a polícia cercou o prédio onde a mulher cabo-verdiana vivia, em Mem Martins, com o objetivo de retirar as crianças. Na época, Liliana Melo estava desempregada e era acusada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco de falta de higiene e de falta de cuidados médicos (as crianças não recebiam as vacinas). Além isso, a Comissão também usou como argumento o facto de nem todas as crianças frequentarem o infantário.

A ordem dada à polícia era para retirar sete dos dez filhos de Liliana Melo, mas o mais velho (um menino de oito anos) não estava em casa nem na escola. Só mais tarde se apurou que a criança estava na época a viver com outros familiares. As seis crianças foram divididas por três instituições em Sintra, Alverca do Ribatejo e Estoril, e colocadas para adoção. De acordo com o explicado por Liliana Melo ao Público, nunca foi dito às crianças que o afastamento da casa de família seria definitivo.

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