A administração da Portugal Telecom (PT) e os sindicatos subscreveram na segunda-feira o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), pondo fim a anos de negociação e com cláusulas que beneficiam os trabalhadores mais jovens do grupo.
“Temos consciência que obtivemos um resultado final limitado, mas que em contrapartida não gerou situações de maior constrangimento dos direitos, atualmente, consignados no ACT”, disse esta terça-feira o presidente da direção do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT), Jorge Felix.
A negociação do ACT foi interrompida em 2013 e retomada em maio deste ano, depois da compra, no ano anterior, da empresa pelo grupo francês Altice.
De acordo com o sindicalista, no concreto, apesar de a empresa não ter manifestado abertura para aumentos salariais, foi possível negociar uma subida mensal de 15 euros nos salários inferiores a 725 euros e negociar outros suplementos, como o pagamento de deslocações no trabalho suplementar ou o subsídio especial de refeição, que as camadas mais jovens ainda não tinham.
Foi também ajustado o valor das ajudas de custo de 7,5 euros para 8,15 euros quando é necessária a deslocação de um trabalhador a mais de 20 quilómetros do seu local habitual de trabalho, referiu.
No total, as medidas inscritas no ACT irão beneficiar cerca de 2.000 trabalhadores do grupo.
O acordo alcançado foi, assim, positivo para os trabalhadores mais recentes da PT e, ao mesmo tempo, conseguimos que não houvesse agravamento para os restantes”, disse Jorge Felix.
O ACT foi assinado na segunda-feira entre o presidente do Comité Executivo da PT, Paulo Neves, o administrador dos Recursos Humanos, João Zúquete e os sindicatos, que subscreveram formalmente os resultados finais da negociação.
Por ambas as partes foi reconhecida a importância que o princípio do diálogo e da negociação sejam respeitados e valorizados nas relações entre sindicatos, gestores e acionistas, sublinhou o presidente da direção do STPT.