O aleitamento materno, “a primeira vacina do bebé”, e a sua importância para o desenvolvimento sustentável estão em debate, esta sexta-feira, numa conferência organizada pela UNICEF e pela Comissão Nacional Iniciativa Amiga dos Bebés, em Lisboa.

“O leite materno é a primeira vacina de um bebé, a primeira e melhor proteção que pode ter contra doenças e outros problemas de saúde. Ao nível mundial as mortes de recém-nascidos representam quase metade de todas as mortes de crianças menores de 5 anos, e o aleitamento desde a primeira hora de vida pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Se todos os bebés fossem alimentados apenas com o leite materno desde o nascimento até aos seis meses, mais de 800.000 vidas seriam salvas todos os anos”, refere um comunicado da UNICEF Portugal.

A conferência, que decorre esta sexta-feira no auditório do Infarmed, em Lisboa, e que pretende alertar para a relação entre o aleitamento materno e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, vai reunir cerca de 150 profissionais de saúde portugueses, assim como alguns especialistas convidados, entre os quais o professor Bernardo Horta, investigador em saúde materno-infantil da Universidade de Pelotas, no Brasil.

O investigador brasileiro vai apresentar na conferência dados relativos a uma investigação de 30 anos e que resultam de um acompanhamento dos efeitos do aleitamento materno num grupo populacional.

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“Estudos da UNICEF mostram que, ao nível global, uma grande percentagem das mulheres não estão a receber o apoio de que precisam para iniciaram o aleitamento materno imediatamente a seguir ao parto, mesmo quando um médico, enfermeiro ou parteira presta assistência durante o parto”, refere a nota de imprensa.

A conferência acontece no âmbito da Semana Europeia do Aleitamento Materno.

A Comissão Nacional Iniciativa Amiga dos Bebés foi criada em 1992 pelo Comité Português para a UNICEF, é constituída por um grupo de profissionais de saúde de várias áreas que de forma voluntária procuram promover o aleitamento materno de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde: em exclusivo até aos seis meses de idade do bebé, e em conjunto com a alimentação até aos dois anos.