O ministro das Finanças brasileiro, Henrique Meirelles, negou na quinta-feira que o Governo tenha intenção de aumentar os impostos este ano, apesar das atuais baixas receitas fiscais.

“Neste ano, não se configura necessidade de aumento de impostos. Todas as projeções que estamos fazendo no relatório bimestral da evolução das contas públicas mostram que não se configura a necessidade de aumento de impostos, e essa queda de arrecadação estava prevista nas nossas projeções”, afirmou o ministro.

Para o próximo ano, também não está previsto um aumento de impostos, garantiu Henrique Meirelles, citado pela imprensa brasileira.

O ministro indicou que há uma expetativa de aumento de arrecadação de receitas fiscais devido à retoma da atividade económica e às privatizações e concessões.

Dados oficiais divulgados no mesmo dia revelam que a arrecadação de impostos e contribuições federais continuou a cair em agosto, diminuindo 10%, para 91,8 mil milhões de reais (28,2 mil milhões de euros), fazendo com que fosse o pior agosto em sete anos.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu em alta, na semana passada, a previsão de crescimento para a economia brasileira, antecipando uma recessão de 3,3% este ano e uma ligeira contração de 0,3% em 2017.

Na quinta-feira, na análise anual à economia brasileira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o principal risco para a recuperação económica do país é o novo Governo não conseguir implementar a sua estratégia de consolidação orçamental.

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